Prato raso

Tens geografia de paraíso

Poesia em cada esquina

Graça e formosura

Em suas meninas

Tens imenso potencial

Pretenção e arrogância

De império e realeza

Não lhe faltas beleza

És majestosa por natureza

Porém em teu espírito

Não encontras grandeza

Pecas pela mediocridade

De quem a habitas

És faminta de cultura e humildade

Tens que alimentar seus filhos

Que necessitam de sabedoria

Tens que aprender a dividir

Criticar sem julgar, instruir

Almas pequenas circulam

Por entre suas ruas

Mentes vazias, nuas

Escute o meu apelo

Acolhas meu singelo conselho

Aumentes tua gama

Enchas teu prato

Não deixes que permaneças raso

(Niterói – RJ, 2.004)