Amor experimental
- Danielle Apocalypse
- 18 de jan. de 2024
- 5 min de leitura
Hoje me deparei com uma matéria compartilhada por uma das pessoas que sigo, que achei interessante e que me deixou totalmente intrigada.
O artigo foi escrito por uma pessoa chamada Mandy Velez, e publicada no site de notícias APLUS.com, em 13 de janeiro de 2015.
A matéria contava que o famoso jornal Americano “New York Times”, havia publicado há algumas semanas atrás um artigo em sua coluna “ Modern Love column” (Coluna Amor Moderno), sob o título “To Fall In Love With Anyone, Do This” (Para se apaixonar, faça isso).
No artigo, a autora, Mandy Len Catron, conta em detalhes como fez uso de uma pesquisa sobre o amor para fazer com que ela mesma se apaixonasse por alguém — e que funcionou.
Catron conta que cerca de duas décadas atrás, o psicólogo social Arthur Aron selecionou 36 perguntas super profundas em que acreditava serem capazes de fazer pessoas estranhas se apaixonarem entre si depois de respondê-las.
As regras básicas e regulamentos do estudo ditados por Catron seriam o seguinte:
Um homem e uma mulher, ambos heterossexuais, devem entrar na sala de um laboratório por portas diferentes, sem se conhecerem ou terem se visto antes. Sentar-se de frente para o outro e responderem à uma série de perguntas extremamente pessoais. Depois, se olharem fixamente nos olhos, em silêncio, por 4 minutos.
De acordo com a matéria, o detalhe mais surpreendente: seis meses depois, 2 participantes se casaram, e convidaram o laboratório inteiro envolvido no estudo para a cerimônia.
A autora, como eu, ficou estarrecida com o resultado e, curiosa, decidiu testar o experimento nela mesma com um conhecido seu de universidade. Eles foram a um bar e se perguntaram as mesmas questões, uma a uma, até se aventurarem a se olhar nos olhos por 4 minutos, como pedia a pesquisa.
De acordo com ela, funcionou! De novo!
“Provavelmente você está se perguntando se nós nos apaixonamos. Bem, sim, nos apaixonamos.” — a autora que fez o experimento assim escreveu. “Embora seja difícil dar todos os créditos ao estudo por completo (poderia ter acontecido de qualquer forma), o estudo nos guiou a um relacionamento que nos pareceu deliberado, intencional. Nós passamos semanas sob este estado de intimidade que criamos entre nós naquela noite, esperando para ver no quê aquilo se tornaria.”
Catron explica que o amor é mais uma escolha, e nem tanto algo que acontece pra gente como somos levados a acreditar. O professor de psicologia na Universidade do Texas, em Austin, Art Markman, Ph.D, explicou ao popular site Yahoo como isso seria possível.
“Esta pesquisa é quase que uma hipnose”, disse ele. Se você pensa em se apaixonar, é praticamente um desejo de baixar a guarda e derrubar barreiras que normalmente inibem as pessoas de realmente se conhecerem”.
Se o experimento levou a autora e seu amigo a realmente se apaixonarem ou apenas direcionou-os na direção certa, sua perspectiva com relação à conectar-se à uma outra pessoa é algo se possa levar em consideração, não importando como nos apaixonamos.
Concordo com Mandy Velez quando diz que ela mesma começa a pensar que o amor é mais um sentimento manipulável do que costumamos acreditar que possa ser. Já o estudo de Arthur Aron nos ensinou que é possível — e até simples — se criar confiança e intimidade, dois sentimentos que o amor necessita para nascer.
Abaixo reescrevo as perguntas que continham no estudo, para quem quiser tirar a prova e quem sabe ainda se dar bem. No mínimo seria interessante responder a estas perguntas para refletir melhor sobre si mesmo (me conte depois se deu certo também!):
1. Se tivesse que escolher qualquer pessoa no mundo, quem você convidaria para jantar?
2. Você gostaria de ser famoso? De que maneira?
3. Antes de fazer uma ligação telefônica, você ensaia o que vai dizer? Por quê?
4. O que seria um dia perfeito para você?
5. Quando foi a última vez que cantou para si mesmo(a)? Ou para alguém?
6. Se você pudesse viver até os 90 e conservar tanto a mente ou o corpo de uma pessoa de 30 anos pelos últimos 60 anos da sua vida, qual você escolheria, a mente ou o corpo?
7. Você tem um palpite secreto sobre como irá morrer?
8. Diga 3 coisas que seu companheiro(a) tem ou teria em comum com você.
9. Pelo quê você é mais grato na vida?
10. Se pudesse mudar qualquer coisa na forma como foi criado(a), o que seria?
11. Conte para o seu companheiro(a) a sua estória de vida com mais detalhes posssível em 4 minutos.
12. Se pudesse acordar amanhã com uma qualidade ou habilidade à mais, qual delas seria?
13. Se uma bola de cristal pudesse lhe contar a verdade sobre você, sua vida, o seu futuro ou qualquer outra coisa, o que você gostaria de saber?
14. Há algo que sonha ou já sonhou em fazer? E por que ainda não fez?
15. Qual a grande conquista ou realização da sua vida?
16. O que você mais valoriza em uma amizade?
17. Qual a sua memória mais preciosa?
18. Qual a sua memória mais terrível ou assustadora?
19. Se você soubesse iria morrer de repente em um ano, você mudaria alguma coisa na maneira em que vive agora? O quê?
20. O quê a amizade significa pra você?
21. Qual o papel do amor e afeição na sua vida?
22. Compartilhe algo alternadamente com o seu companheiro(a) que considere ser uma característica positiva dele(a). Dê pelo menos 5 exemplos cada um.
23. Como são seus laços familiares? Você é íntimo e próximo deles? Você acha que a sua infância foi mais feliz que a da maioria das outras pessoas?
24. Como se sente em relação à sua mãe?
25. Façam 3 afirmações verdadeiras sobre “nós” (vocês) cada. Por exemplo, “Nós estamos ambos neste lugar sentindo…”
26. Complete a frase: “Eu gostaria de ter alguém com quem eu pudesse compartilhar…”
27. Se você se tornasse um grande amigo do seu companheiro(a), diga a ele(ela) o que seria importante ele(ela) saber sobre você.
28. Diga ao seu(a) companheiro(a) o que você gosta nele(a): seja realmente honesto(a), diga algo que você não diria a alguém que acabou de conhecer.
29. Conte algum momento da sua vida que se envergonhe.
30. Quando foi a última vez que chorou na frente de alguém, ou sozinho(a)?
31. Diga algo que você já gosta nele(a).
32. O quê seria muito sério para fazer uma piada?
33. Se fosse morrer hoje, sem nenhuma oportunidade de se comunicar com alguém, o que você se arrependeria de não ter dito a alguém? E por quê você ainda não disse?
34. A sua casa, com tudo que tem, pega fogo. Depois de salvar todos aqueles que ama e seus animais de estimação, você tem um tempo para resgatar qualquer outra coisa, o que seria? E por quê?
35. De todos na sua família, de quem seria a pior morte para você? E por quê?
36. Conte um problema pessoal seu e peça um conselho para o seu companheiro(a) sobre como ele(ela) resolveria essa questão. Peça a ele(ela) para refletir e te dizer como você parece estar se sentindo sobre o problema que escolheu contar.
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