Ponto final

O que há com as pessoas hoje em dia? Por que é que precisamos de vastos argumentos, motivos plenos, fatos concretos e até mesmo situações embaraçosas para finalmente tomarmos uma decisão definitiva para colocarmos um ponto final nas coisas?

Decisões que muitas vezes são adiadas e ignoradas. Sabe-se que desde o começo deveriam ser tomadas, que não teria outra saída. Uma hora ou outra teremos que fazer uma escolha, pois se não fizermos alguém a fará por nós. E o resultado? Ah, este poderá ser satisfatório ou não. E no pior das hipóteses – não poderá ser mudado e ainda terá que ser aceito.

Sabe-se que quando fazemos escolhas os caminhos ampliam-se, as oportunidades aumentam e as portas se abrem na medida que seguimos em frente no caminho escolhido. A energia se renova, ganha-se disposição e força para enfrentarmos novos desafios.

Como já diziam, tudo nesta vida é passageiro, não se guarda nada, o que fica mesmo são as lições que aprendemos, os momentos que vivemos, as lembranças guardadas na memória.

Uma certa vez, não fiz a minha escolha, não tomei a minha decisão, adiei meus momentos, mas a vida seguiu o seu rumo, a escolha foi feita, e tive que tomar a decisão mesmo assim, não bastou adiá-la, pois o momento chegou eu querendo ou não.

As coisas são assim, são assim que elas são. Se tudo tem um começo, para cada começo teremos que ter um fim para recomeçarmos novamente. E assim recomeçar sempre. É um ciclo, como qualquer outro na vida de qualquer ser vivo.

Terminamos algo para que possamos dar espaço a novas conquistas, a novos começos. Isto é dar continuidade, diferente de prolongar algo para que não termine. Decisões são para serem decididas, medidas foram feitas para serem tomadas em qualquer que seja a situação.

Para cada frase têm-se um ponto final. Quando sabemos o caminho a seguir, a escolha que devemos fazer, quais decisões devemos tomar, não precisamos de fatos ou argumentos. Para um bom entendedor, um ponto é uma palavra e ponto final.

(Niterói- RJ, 2.004)